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De mortal a controlável: o novo capítulo da Fibrose Cística

Felipe da Simple

Felipe da Simple

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2 min

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atualizado 28/10/2025

atualizado 28/10/2025

resumo

resumo

  • A Fibrose Cística saiu da lista de doenças fatais.

  • Expectativa de vida triplicou: de 18 para 65 anos.

  • Três medicamentos corrigem a proteína CFTR defeituosa.

  • A função pulmonar média aumentou 13,8%.

  • Caso exemplar do impacto da medicina de precisão.

A doença que deixou de ser sentença

Durante décadas, a Fibrose Cística foi sinônimo de diagnóstico terminal.
Uma doença genética que tornava o muco dos pulmões espesso como cola — e a respiração, uma luta diária.

Mas algo extraordinário aconteceu.
A Fundação Make-A-Wish, conhecida por realizar desejos de crianças com doenças graves, retirou a Fibrose Cística da lista de doenças fatais.

Essa mudança é histórica. E mostra como a medicina moderna pode reescrever destinos — literalmente.

O problema que existia antes

Até pouco tempo atrás, nascer com Fibrose Cística era receber um prazo.
Em 2010, a expectativa de vida média era de apenas 18 anos.

O corpo dessas pessoas produz um muco espesso que bloqueia as vias respiratórias e cria o ambiente perfeito para infecções repetidas.
Cada tosse podia ser um lembrete da própria fragilidade.

E o mais cruel: sabíamos que era uma doença genética, mas não sabíamos como consertar o defeito.

A descoberta que mudou tudo

Foi o trabalho obstinado de Michael Welsh, pneumologista e pesquisador, que virou essa história do avesso.
Por mais de 40 anos, ele estudou a mesma proteína: a CFTR.

Essa proteína funciona como uma “torneira microscópica” nos pulmões, controlando a passagem de sais e água que mantêm o muco fluido.
Mas em pessoas com Fibrose Cística, essa torneira entorta, emperra ou nem chega a ser instalada.

O resultado?
O muco seca, endurece e vira terreno fértil para infecções.

A virada veio quando os cientistas descobriram como ajudar a proteína CFTR a se dobrar corretamente e abrir o canal de forma funcional.
Nasceram três medicamentos que atuam diretamente na causa da doença — dois “desamassando” a proteína, um “abrindo a torneira”.

O impacto na prática médica

O efeito foi imediato.
Os pacientes ganharam uma nova função pulmonar: 13,8% de aumento na capacidade respiratória.

E mais: a expectativa de vida, que era de 18 anos, triplicou para cerca de 65 anos.
Em outras palavras, uma geração que antes não chegaria à vida adulta agora planeja o futuro.

Hoje, há mais de 160 mil pessoas vivendo com Fibrose Cística no mundo.
E, pela primeira vez, o foco da pesquisa começa a mudar de sobrevivência para qualidade de vida.

Fatos e números que surpreendem

  • 160 mil pessoas vivem atualmente com Fibrose Cística no mundo.

  • Até 2010, a expectativa média de vida era de apenas 18 anos.

  • Pacientes tratados com as novas terapias têm expectativa projetada de 65 anos.

  • A função pulmonar média aumentou em 13,8% com os novos fármacos.

  • Três medicamentos atuam de forma sinérgica sobre a proteína CFTR — corrigindo e ativando sua função.

Por que isso importa agora

A Fibrose Cística é mais do que um caso de sucesso.
Ela é um lembrete de que a medicina de precisão está deixando o campo das promessas e entrando na rotina clínica.

E que corrigir o erro no nível molecular — em vez de apenas tratar sintomas — está se tornando o novo normal.
O mesmo princípio que guiou o tratamento da Fibrose Cística pode abrir caminho para doenças neuromusculares, metabólicas e até autoimunes.

Na Simple One Med, acreditamos que o futuro da medicina não será apenas sobre tratar doenças —
mas sobre entender o que o corpo tenta dizer e ajudá-lo a se corrigir com inteligência.

Porque simplificar a prática médica é também dar mais tempo para quem mais precisa dele.

Outras informações em:

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