atualizado 6 de fev. de 2025
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Time da Simple
O CID M19 engloba diversas formas de artrose, uma condição degenerativa que afeta as articulações, resultando na deterioração progressiva da cartilagem. Essa condição pode afetar diferentes articulações, como joelhos, quadris, mãos e coluna, sendo mais comum em idosos, atletas e pessoas com sobrepeso.
A osteoartrite é a forma mais prevalente de artrose e está entre as principais causas de dor crônica e incapacidade em idosos (SBOT).
A artrose pode ser classificada em primária (idiopática) ou secundária (associada a outros fatores). Suas principais causas incluem:
Envelhecimento: Perda progressiva da cartilagem articular.
Sobrecarga mecânica: Obesidade e atividades de impacto.
Traumas articulares: Fraturas e lesões repetitivas.
Doenças metabólicas: Diabetes mellitus e gota.
Alterações genéticas: Predisposição familiar para artrose.
Estudos indicam que indivíduos obesos têm um risco até quatro vezes maior de desenvolver osteoartrite nos joelhos devido à sobrecarga mecânica e ao efeito inflamatório do tecido adiposo (SBR).
A artrose é caracterizada pela degradação progressiva da cartilagem articular, resultando em inflamação da membrana sinovial e remodelação óssea. O processo patológico envolve:
Desgaste da cartilagem e exposição óssea.
Produção de osteófitos (bicos de papagaio).
Inflamação sinovial, levando à dor e edema.
Diminuição do líquido sinovial, afetando a lubrificação articular.
Com o tempo, esses fatores resultam em dor, rigidez e limitação funcional progressiva.
Os principais sintomas incluem:
Dor articular crônica, piorando com o movimento.
Rigidez matinal, geralmente menor que 30 minutos.
Crepitação articular ao movimentar a articulação.
Edema e sensibilidade articular.
Deformidades articulares em casos avançados.
Na osteoartrite de joelho, a dor geralmente é medial e progressiva, com piora ao caminhar ou subir escadas. Já na artrose de mãos, pode haver nódulos de Heberden e Bouchard (SBOT).
O diagnóstico da artrose baseia-se em avaliação clínica e exames de imagem, incluindo:
Radiografia simples: Mostra redução do espaço articular, osteófitos e esclerose óssea.
Ressonância magnética: Indica lesões precoces na cartilagem e sinovite associada.
Ultrassonografia: Útil na detecção de derrame articular.
Exames laboratoriais: VHS, PCR e fator reumatoide ajudam a diferenciar de artrites inflamatórias.
A Sociedade Brasileira de Reumatologia recomenda a radiografia como exame inicial, especialmente em pacientes idosos com dor articular persistente (SBR).
O tratamento da osteoartrite é multimodal e inclui abordagens farmacológicas e não farmacológicas.
Analgesia primária: Paracetamol, dipirona.
Antiinflamatórios não esteroides (AINEs): Ibuprofeno, naproxeno, diclofenaco.
Corticosteroides intra-articulares: Alívio temporário em casos sintomáticos graves.
Sulfato de glicosamina e condroitina: Suplementação para preservação da cartilagem.
Infiltração com ácido hialurônico: Indicado para melhora da lubrificação articular.
Alongamento e fortalecimento muscular: Redução do impacto sobre a articulação.
Exercícios de baixo impacto: Hidroginástica, pilates e bicicleta ergométrica.
Uso de órteses e palmilhas para melhora da distribuição do peso.
Perda de peso: Fundamental para reduzir a carga articular.
Aplicação de calor local para relaxamento muscular.
Cirurgia ortopédica (artroplastia de joelho ou quadril): Para casos avançados e incapacitantes.
Segundo a SBOT, o tratamento da osteoartrite deve ser individualizado, priorizando modificações no estilo de vida antes de optar por terapias invasivas (SBOT).
A artrose é uma condição progressiva e sem cura, mas o tratamento adequado pode controlar os sintomas e melhorar a funcionalidade. Casos leves a moderados podem ser bem gerenciados com mudanças no estilo de vida e fisioterapia, enquanto casos avançados podem necessitar de procedimentos cirúrgicos.
Pacientes que aderem ao tratamento conservador têm melhor prognóstico funcional, especialmente se mantiverem uma rotina de exercícios e controle de peso.
A osteoartrite e outras artroses são causas frequentes de dor e incapacidade, sendo fundamental o diagnóstico precoce e o tratamento adequado.
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