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Esquizofrenia (CID F20)

equipe de IA na medicina

atualizado 5 de fev. de 2025

por

Time da Simple

O que é

Esquizofrenia (CID F20)

O CID F20 corresponde à esquizofrenia, um transtorno mental crônico e grave que afeta o pensamento, emoções e comportamento. A esquizofrenia impacta cerca de 24 milhões de pessoas no mundo, representando 1 em cada 300 indivíduos (OMS).

Tipos de Esquizofrenia

A esquizofrenia pode ser classificada em diferentes subtipos, conforme os sintomas predominantes:

  • Paranoide: sintomas mais comuns incluem delírios persecutórios e alucinações auditivas.

  • Hebefrênica (Desorganizada): predominam discurso incoerente, comportamento desorganizado e afeto inadequado.

  • Catatônica: caracteriza-se por alterações motoras graves, podendo incluir imobilidade extrema ou agitação.

  • Residual: presença de sintomas mais leves após episódios agudos.

  • Indiferenciada: casos que não se encaixam nos outros subtipos.

(DSM-5)

Etiologia

A esquizofrenia (CID F20) tem origem multifatorial, envolvendo fatores genéticos, neurobiológicos e ambientais:

  • Genética: há risco aumentado em familiares de primeiro grau de pacientes esquizofrênicos (NIH).

  • Alterações neuroquímicas: há disfunção nos sistemas dopaminérgico, glutamatérgico e serotoninérgico (Nature).

  • Fatores ambientais: infecções perinatais, complicações obstétricas e estresse psicossocial podem aumentar o risco.

Fisiopatologia

A hipótese mais aceita sugere que a hiperatividade da dopamina no sistema mesolímbico está associada aos sintomas positivos da esquizofrenia (delírios, alucinações), enquanto a hipoatividade no córtex pré-frontal está relacionada aos sintomas negativos (apatia, anedonia) (Mayo Clinic).

Outras alterações incluem:

  • Redução do volume cerebral em áreas como o hipocampo e córtex pré-frontal.

  • Disfunção da conectividade neuronal, prejudicando funções cognitivas.

Sintomas

Os sintomas são divididos em três categorias:

1. Sintomas Positivos (excesso de funções normais)

  • Alucinações (auditivas, visuais, táteis);

  • Delírios (persecutórios, de grandeza, de controle);

  • Pensamento desorganizado (discurso incoerente);

  • Comportamento desorganizado ou bizarro.

2. Sintomas Negativos (diminuição de funções normais)

  • Apatia (falta de interesse);

  • Anedonia (incapacidade de sentir prazer);

  • Isolamento social;

  • Pouca expressão emocional.

3. Sintomas Cognitivos

  • Déficit de atenção e memória;

  • Dificuldade no planejamento e organização;

  • Pensamento fragmentado.

(APA)Apatia.

  • Anedonia.

  • Isolamento social.

Diagnóstico

O diagnóstico é clínico e segue os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). Segundo a American Psychiatric Association (APA), são necessários:

  • Presença de pelo menos dois sintomas principais (delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento desorganizado ou sintomas negativos);

  • Duração mínima de 6 meses com impacto funcional significativo;

  • Exclusão de outras causas (uso de substâncias, transtornos neurológicos).

Exames complementares podem ser usados para descartar outras condições:

  • Ressonância magnética cerebral: para descartar patologias neurológicas;

  • Exames toxicológicos: para excluir psicoses induzidas por drogas;

  • Eletroencefalograma (EEG): pode ser útil para diferenciar da epilepsia.

(DSM-5, NIMH)

Tratamento

O tratamento da esquizofrenia envolve medicação antipsicótica, psicoterapia e suporte social.

1. Antipsicóticos

São a base do tratamento e dividem-se em:

  • Antipsicóticos típicos (de primeira geração): Haloperidol, Clorpromazina.

  • Antipsicóticos atípicos (de segunda geração): Risperidona, Olanzapina, Quetiapina, Clozapina (usada para casos resistentes).

A Clozapina é considerada o tratamento mais eficaz para esquizofrenia refratária (NIH).

2. Psicoterapia

Terapias que ajudam na adesão ao tratamento e melhora do funcionamento social:

  • Terapia cognitivo-comportamental (TCC): reduz sintomas positivos persistentes.

  • Treinamento de habilidades sociais: melhora a reintegração social e funcional.

(APA)

3. Suporte Psicossocial

  • Programas de reabilitação para inserção no mercado de trabalho;

  • Grupos de apoio para familiares;

  • Internação psiquiátrica em casos de risco para o paciente ou terceiros.

Como Cuidar de uma Pessoa com Esquizofrenia?

O suporte familiar e profissional é essencial. Recomenda-se:

  • Estimular a adesão ao tratamento;

  • Evitar discussões e cobranças excessivas;

  • Criar um ambiente estruturado e previsível;

  • Participar de grupos de apoio.

(WHO)

Prognóstico

O prognóstico da esquizofrenia varia. Cerca de 30% dos pacientes apresentam melhora significativa, enquanto outros necessitam de suporte contínuo. Fatores que melhoram o prognóstico incluem:

  • Diagnóstico e tratamento precoces;

  • Boa adesão ao tratamento;

  • Apoio familiar e social adequado.

(NIMH)

Conclusão

A esquizofrenia é um transtorno mental grave, mas manejável com o tratamento correto. O diagnóstico precoce e a adesão à medicação são essenciais para o controle dos sintomas.


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