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Demência (CID F03): Entenda os Sintomas, Estágios e Cuidados

equipe de IA na medicina

atualizado 4 de fev. de 2025

por

Time da Simple

O que é

Demência (CID F03): Entenda os Sintomas, Estágios e Cuidados

O CID F03 refere-se à demência (CID F03), um termo genérico para descrever a perda progressiva de funções cognitivas, como memória, linguagem e capacidade de tomar decisões. A demência não é uma doença específica, mas sim um conjunto de sintomas que podem ser causados por diversas condições, como a doença de Alzheimer, demência vascular e outras.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 50 milhões de pessoas no mundo vivem com demência, e esse número deve triplicar até 2050.

Etiologia

A demência (CID F03) pode ser causada por:

  1. Doença de Alzheimer: Responsável por 60-70% dos casos.

  2. Demência vascular: Causada por acidentes vasculares cerebrais (AVCs) ou isquemia cerebral crônica.

  3. Demência com corpos de Lewy: Associada à presença de depósitos anormais de proteína no cérebro.

  4. Demência frontotemporal: Associada à degeneração dos lobos frontal e temporal do cérebro.

  5. Outras causas: Incluem traumatismo craniano, infecções (como HIV ou sífilis), deficiências nutricionais (vitamina B12) e uso crônico de substâncias (álcool, benzodiazepínicos).

Fisiopatologia

A demência (CID F03) resulta da perda progressiva de neurônios e sinapses no cérebro, levando à atrofia cerebral. Os mecanismos variam conforme o tipo de demência:

  • Doença de Alzheimer: Acúmulo de placas de beta-amiloide e emaranhados neurofibrilares de proteína tau, que prejudicam a comunicação neuronal.

  • Demência vascular: Redução do fluxo sanguíneo cerebral devido a AVCs ou microinfartos, causando morte neuronal.

  • Demência com corpos de Lewy: Acúmulo de corpos de Lewy (depósitos de alfa-sinucleína) no córtex cerebral.

  • Demência frontotemporal: Degeneração dos lobos frontal e temporal, associada a mutações genéticas em alguns casos.

Sintomas

Os sintomas da demência variam conforme o tipo e o estágio da doença, mas os mais comuns incluem:

  • Perda de memória recente;

  • Dificuldade para se comunicar;

  • Desorientação no tempo e no espaço;

  • Alterações de personalidade e humor;

  • Dificuldade para realizar tarefas cotidianas.

Pacientes com demência também podem apresentar agitação e agressividade, especialmente em estágios mais avançados.

Diagnóstico

O diagnóstico da demência é clínico e envolve:

  1. Avaliação cognitiva: Testes como o Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) ou o MoCA (Montreal Cognitive Assessment).

  2. Exames de imagem: Ressonância magnética ou tomografia computadorizada para identificar alterações cerebrais.

  3. Exames laboratoriais: Para descartar outras causas de sintomas, como deficiência de vitamina B12 ou hipotireoidismo.

Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a combinação de avaliação clínica e exames complementares é essencial para um diagnóstico preciso.

Tratamento

O tratamento da demência é multidisciplinar e inclui:

  1. Medicamentos:

    • Inibidores da acetilcolinesterase: Como donepezila e rivastigmina, para melhorar a cognição. A Alzheimer's Association recomenda esses medicamentos como primeira linha para o tratamento da doença de Alzheimer.

    • Memantina: Para casos moderados a graves. Um estudo publicado no Journal of the American Medical Association (JAMA) (link) mostrou que a memantina reduz a progressão dos sintomas em pacientes com demência moderada a grave.

    • Antipsicóticos: Usados com cautela para controlar agitação e agressividade. A Food and Drug Administration (FDA) alerta para o risco aumentado de eventos cardiovasculares e morte em idosos com demência que usam antipsicóticos.

  2. Intervenções não farmacológicas:

    • Terapia ocupacional: Ajuda a manter a funcionalidade e a independência do paciente.

    • Estimulação cognitiva: Atividades como jogos de memória e leitura podem retardar a progressão dos sintomas.

    • Acompanhamento psicológico: Para pacientes e cuidadores, visando reduzir o estresse e melhorar a qualidade de vida.

Alprazolam causa demência?
Estudos sugerem que o uso prolongado de benzodiazepínicos, como o alprazolam, pode estar associado a um maior risco de demência. Um estudo publicado no British Medical Journal (link) mostrou que o uso desses medicamentos por mais de 3 meses aumenta o risco em até 50%.

Prognóstico

A demência é uma condição progressiva e irreversível, mas o tratamento adequado pode retardar a evolução e melhorar a qualidade de vida do paciente. A expectativa de vida varia conforme o tipo de demência:

  • Doença de Alzheimer: 8 a 10 anos após o diagnóstico.

  • Demência vascular: 5 a 7 anos.

Complicações como infecções e quedas são comuns em estágios avançados e podem levar à morte.

Como conviver com pacientes com demência

  • Estratégias para acalmar o paciente:

    • Mantenha uma rotina estruturada;

    • Evite confrontos e use uma comunicação clara e simples;

    • Utilize técnicas de distração, como música ou atividades manuais.

  • Cuidados com o cuidador:

    • Busque apoio psicológico e grupos de suporte;

    • Divida as responsabilidades com familiares ou profissionais.

Conclusão

A demência (CID F03) é um desafio tanto para pacientes quanto para cuidadores, mas com diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível melhorar a qualidade de vida de todos os envolvidos.


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