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Dengue (CID A90): Sintomas, Diagnóstico e Orientações para Tratamento

equipe de IA na medicina

atualizado 4 de fev. de 2025

por

Time da Simple

O que é

Dengue (CID A90): Sintomas, Diagnóstico e Orientações para Tratamento

O CID A90 refere-se à dengue, uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. A dengue pode variar de formas assintomáticas a quadros graves, como a dengue hemorrágica, que pode ser fatal se não tratada adequadamente.

Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, a dengue é endêmica em mais de 100 países, com cerca de 390 milhões de infecções por ano no mundo.

Etiologia

A dengue (CID A90) é causada por um vírus do gênero Flavivirus, com quatro sorotipos (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). A transmissão ocorre pela picada do mosquito Aedes aegypti infectado.


Fisiopatologia

Após a picada do mosquito, o vírus se replica nas células dendríticas e se espalha pela corrente sanguínea, causando uma resposta inflamatória sistêmica. A liberação de citocinas e a ativação do sistema imunológico levam aos sintomas clássicos da dengue, como febre, dor e inflamação vascular. Em casos graves, pode ocorrer aumento da permeabilidade vascular, levando ao choque hipovolêmico.


Sintomas

Os sintomas da dengue (CID A90) geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito e incluem:

  • Febre alta (39°C a 40°C);

  • Dor de cabeça intensa;

  • Dor retroorbital (atrás dos olhos);

  • Dores musculares e articulares;

  • Manchas vermelhas na pele;

  • Náuseas e vômitos.

Alguns pacientes também relatam dor de garganta, que pode ser confundida com outras infecções virais.

Diagnóstico

O diagnóstico da dengue é baseado em:

  1. Avaliação clínica: Identificação dos sintomas característicos.

  2. Testes laboratoriais:

    • NS1: Detecta a proteína viral nos primeiros dias da infecção.

    • Sorologia (IgM/IgG): Identifica anticorpos a partir do 6º dia de sintomas.

    • PCR: Detecta o material genético do vírus, mas é menos utilizado na prática clínica.

De acordo com o Manual de Diagnóstico e Tratamento da Dengue do Ministério da Saúde, o teste NS1 tem sensibilidade de 60-90% nos primeiros 3 dias de sintomas.

Tratamento

O tratamento da dengue é principalmente de suporte, pois não há medicamento específico para o vírus. As orientações incluem:

  1. Hidratação oral ou intravenosa: Fundamental para prevenir complicações. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda a reposição de líquidos como base do tratamento, especialmente em casos de dengue com sinais de alarme.

  2. Medicamentos para controle dos sintomas:

    • Paracetamol: Pode ser usado para febre e dor, mas em doses controladas (máximo de 3g/dia para adultos). A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) alerta que o uso excessivo de paracetamol pode causar hepatotoxicidade.

    • Dipirona: Também é segura, mas deve ser usada com cautela em pacientes com histórico de alergia. Um estudo publicado no Journal of Clinical Pharmacy and Therapeutics (link) mostrou que a dipirona é eficaz e segura para o controle da dor em pacientes com dengue.

    • O que não pode tomar com dengue?

      • Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs): Como ibuprofeno e ácido acetilsalicílico (AAS), pois aumentam o risco de sangramento. A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) contraindica o uso de AINEs em casos suspeitos ou confirmados de dengue.

      • Corticoides: Não são recomendados, a menos que haja indicação específica.

  3. Monitoramento rigoroso: Pacientes com sinais de alarme, como dor abdominal intensa, vômitos persistentes ou sangramentos, devem ser hospitalizados para hidratação intravenosa e monitoramento contínuo.

Prognóstico

A maioria dos casos de dengue evolui bem com tratamento adequado. No entanto, formas graves (dengue hemorrágica ou síndrome do choque da dengue) podem levar a complicações como:

  • Choque hipovolêmico;

  • Insuficiência hepática;

  • Morte (em casos raros).

A taxa de mortalidade da dengue grave é de 2 a 5%, mas pode ser reduzida com diagnóstico precoce e manejo correto.

Conclusão

A dengue (CID A90) é uma doença que exige atenção redobrada, especialmente em áreas endêmicas. Com diagnóstico preciso e tratamento adequado, é possível evitar complicações e salvar vidas.


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